Trama golpista: entenda em que fase está a ação penal contra Bolsonaro e outros sete réus

  • 09/06/2025
(Foto: Reprodução)
Supremo Tribunal Federal realiza audiências para interrogatório dos acusados, mais uma etapa da instrução processual. Em maio, foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação. O interrogatório de oito réus na ação penal que trata da tentativa de golpe de Estado em 2022 marca a reta final da instrução processual, a fase de coleta de provas sobre o caso. A audiência dos acusados no Supremo Tribunal Federal (STF) é o momento em que eles podem ser questionados sobre a participação nas ações e apresentar seus argumentos. O grupo a ser ouvido — que conta com o ex-presidente Jair Bolsonaro — faz parte do "núcleo crucial" da organização criminosa que atuou pela ruptura democrática, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). Encerrada essa etapa, acusação e defesas podem ter prazo para pedir diligências adicionais. Na sequência, deve ser aberto o período de 15 dias para alegações finais. Concluída essa fase, o processo pode ser levado a julgamento na Primeira Turma do STF. Entenda abaixo como vai funcionar o interrogatório e quais são as próximas fases da ação penal no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro sentado ao lado de Cid; saiba como será o interrogatório sobre plano golpista Reta final da instrução processual O entendimento dos tribunais é de que o interrogatório dos réus é o último ato da instrução processual — a fase da ação penal em que é feita a coleta de provas sobre os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República. Na etapa de instrução, também foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação ao longo do mês de maio. Agora, os réus terão a palavra — podem apresentar seus argumentos sobre as acusações da PGR. Nesse momento, o grupo ainda responde a processo penal. Ou seja, não há uma definição sobre condenação ou absolvição, que só vai ocorrer com o julgamento do caso. Participantes Participam das audiências o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, o procurador-geral da República, Paulo Gonet e os advogados dos acusados. Moraes será o primeiro a interrogar o grupo. Na sequência, as perguntas do procurador Gonet devem ser encaminhadas por meio do relator. E, depois, o magistrado deve verificar se advogados dos réus querem fazer perguntas. Mauro Cid é o primeiro O primeiro interrogatório será o do ex-ajudante de ordens da gestão Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Cid tem um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal. Pelos entendimentos da Justiça, na condição de delator, deve ser ouvido antes dos outros réus. A medida tem como objetivo garantir o direito de defesa de todos os acusados. Demais réus Os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética: Alexandre Ramagem; Almir Garnier; Anderson Torres; Augusto Heleno; Jair Bolsonaro; Paulo Sérgio Nogueira; e Walter Braga Netto. Por estar preso, Braga Netto será ouvido por videoconferência. Direito ao silêncio O interrogatório é considerado um meio de defesa dos réus. Os acusados têm direito ao silêncio, ou seja, podem não responder às perguntas, para evitar produzir provas contra si mesmos. O exercício desse direito não pode trazer restrições processuais ao grupo. Julgamento no STF que pode tornar Bolsonaro e 7 aliados réus Adriano Machado/Reuters, Geraldo Magela/Agência Senado, Marcos Corrêa/Presidência da República, Wilton Junior/Estadão Conteúdo, Geraldo Magela/Agência Senado e Isac Nóbrega/PR Próximos passos A ação penal contra Bolsonaro e outros sete réus está na fase de instrução processual. Terminada essa etapa, deve ser aberto prazo para que acusação e defesa peçam diligências adicionais, necessárias quando surgem questões a partir das informações levantadas na fase de instrução. Concluído esse período, o processo deve entrar no momento das alegações finais. Será concedido prazo de 15 dias para que acusação e defesas apresentem, por escrito, uma espécie de resumo das apurações e argumentos pela condenação ou absolvição. A partir daí, o caso pode ser levado a julgamento na Primeira Turma. Caberá ao colegiado decidir se o grupo deve ser condenado o absolvido. Se houver condenação, os magistrados vão definir a pena de cada um. Em caso de absolvição, o processo é arquivado. Nas duas situações, é possível recurso dentro do próprio STF.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/06/09/trama-golpista-entenda-em-que-fase-esta-a-acao-penal-contra-bolsonaro-e-outros-sete-reus.ghtml


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