Licença do mandato de Eduardo Bolsonaro na Câmara dos Deputados termina neste domingo

  • 20/07/2025
(Foto: Reprodução)
Aliados de Eduardo Bolsonaro tentam mudar regras da Câmara para evitar perda de mandato A licença que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu à Câmara termina neste domingo (20) e o parlamentar passará a ter faltas contabilizadas caso não justifique suas ausências. Eduardo tirou 120 dias de licença e teve outros dois dias de ausência justificados como 'tratamento de saúde'. O deputado está nos Estados Unidos desde fevereiro. Em março, ele anunciou que pediria licença do mandato. O anúncio veio uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu pela participação em uma tentativa de golpe de estado em 2022. Eduardo não é alvo do processo, mas ao anunciar a licença, fez crítica ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal. Foto de arquivo de 28/03/2023 do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) em sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Perda do mandato A Constituição estabelece como uma das hipóteses de perda do mandato ausências não justificadas a um terço das sessões ordinárias da Casa. Por isso, o parlamentar tem cogitado articular mudanças para manter a cadeira na Câmara. Uma delas é promover alterações regimentais que permitam sua permanência nos Estados Unidos. Outra hipótese é permitir uma renovação de licença parlamentar por ano por mais 120 dias. Inquérito A mudança temporária para os EUA já rendeu ao deputado uma investigação. A Procuradoria Geral da República (PGR) apura se o parlamentar teria praticado três crimes: coação no curso do processo; obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa; abolição violenta do Estado Democrático de Direito. De acordo com os procuradores, o deputado teria atuado nos EUA contra autoridades brasileiras. As ações, segundo o órgão, também teriam como objetivo interferir nos processos que envolvem Jair Bolsonaro. ‘Tarifaço’ A licença de Eduardo ganhou ainda mais repercussão após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A medida levou o governo a acusar o parlamentar de ser, junto com seu pai, o responsável pelas taxas contra o Brasil. Nesta sexta, ao justificar a necessidade de impor medidas cautelares a Jair Bolsonaro, Moraes disse ter havido uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira. Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras, Bolsonaro relacionou a retirada das sanções à possibilidade de ser anistiado no Brasil. Licença do mandato Em março, Eduardo anunciou que iria se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde está desde o final de fevereiro. Ao anunciar a decisão, ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo inquérito que investiga o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. O parlamentar fez o anúncio numa rede social, uma semana antes do julgamento no STF que tornou o pai dele réu. À epoca, Eduardo afirmou que a licença é temporária. Com isso, ele abriu mão de receber o salário de R$ 46.366,19. O deputado foi o terceiro mais votado em São Paulo em 2022, com 741.701 votos, atrás de Guilherme Boulos (PSOL) e Carla Zambelli (PL).

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/20/licenca-do-mandato-de-eduardo-bolsonaro-na-camara-dos-deputados-termina-neste-domingo.ghtml


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