Justiça decide mandar a júri popular dois acusados de matar rapaz de 21 anos em Nova Odessa

  • 24/05/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo a denúncia, Luan da Silva Borges teria sido morto porque testemunhou um dos acusados matar outra pessoa e fez comentários sobre isso. Entenda as versões sobre o caso. Luan da Silva Borges tinha 21 anos Reprodução/ Facebook A Justiça decidiu que vão a júri popular João Vitor Rodrigues da Silva e Miguel Ramos Luzetti, acusados pela morte de Luan da Silva Borges, de 21 anos, em 17 de março de 2024, em Nova Odessa (SP). Segundo a denúncia, Luan teria sido morto por ter presenciado outro homicídio cometido por João Vitor. Cabe recurso contra a decisão. 📲 Participe do canal do WhatsApp do g1 Piracicaba O corpo da vítima, que era morador de Americana (SP), foi localizado carbonizado, próximo de um carro que também foi queimado, na Estrada Municipal de Paulínia (PLN-248), perto do kartódromo da cidade. Uma perícia constatou que a vítima recebeu disparo de arma de fogo em seu coração. Durante as investigações, o irmão de Luan informou o bar onde ele tinha ido na noite do crime. Verificando câmeras, os investigadores identificaram que a vítima estava acompanhada dos acusados e que todos saíram juntos do local, no mesmo carro. Ameaças Uma testemunha protegida, que era amigo da vítima, afirmou à Polícia Civil que Luan teria testemunhado um homicídio cometido por João e feito comentários e, por isso, o réu começou a persegui-lo e ameaçá-lo. E que, devido a essas ameaças, Luan chegou a mudar de cidade. No entanto, teria recebido um telefonema de João, que disse que o perdoava, e voltou a Americana, sendo assassinado depois disso. Estrada onde o corpo da vítima foi localizado Reprodução/ GoogleMaps Investigadores relatam histórico de réus Um investigador de polícia afirmou à Justiça que João é conhecido nos meios criminais por ser membro da facção criminosa PCC e por ser investigado pelo crime de roubo de carga de caminhões. E que Miguel não poderia estar na rua naquele horário, na data do crime, porque estava de saída temporária de uma unidade prisional e não estava com tornozeleira eletrônica. Outro investigador informou que o veículo encontrado queimado próximo ao corpo tinha registro de roubo em outra cidade. Já um adolescente que estava com o grupo afirmou em depoimento que João e Miguel teriam comprado um galão de gasolina antes do crime. Segundo a investigação, esse adolescente também teria ajudado os réus na noite do crime. Juiz diz que há dúvidas e indícios de autoria Segundo o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em sua decisão, o juiz afirma que há dúvidas em relação à dinâmica dos fatos, a conduta e presença de cada um no local do crime, principalmente em relação a Miguel. E lembra que a mãe desse réu afirmou em depoimento que ele estava em casa e só saiu para comprar cerveja. "Apesar disso, não há como se negar a existência de elementos suficientes de autoria na linha anteriormente exposta. E, portanto, estabelecidos os indícios de autoria relacionados a ambos acusados, caberá ao Conselho de Sentença a análise aprofundada quanto ao mérito da versão sustentada pelas partes", acrescenta o magistrado. Fórum de Nova Odessa Reprodução/ GoogleMaps O que dizem os acusados e as defesas Em depoimento à Justiça, João Vitor disse que Miguel lhe coagiu para assumir o crime, para livrá-lo. E que Miguel teria cometido o crime depois de uma discussão entre eles, após o carro atolar em uma estrada. Também negou os demais crimes atribuídos a ele. Ao g1, o advogado de João, André Luiz Placco, informou que não concorda com a decisão de que o réu seja levado a júri popular e que vai recorrer. "Entendemos que a mesma é inválida e desfundamentada. O juiz apontou a prova da autoria do crime apenas em testemunho de policiais e duas testemunhas protegidas que prestaram depoimentos com base em 'ouvir dizer', nenhuma tendo presenciado os fatos. Não há nenhuma prova de que João Vitor tenha envolvimento no crime. Acreditanos na sua inocência", acrescentou. Miguel também negou envolvimento no crime. Disse que, naquela noite, apenas aceitou carona dos outros rapazes e, depois de passar no bar comprar bebida, foi deixado próximo a sua casa por eles e não sabe para onde foram. Já o advogado Alessandre Passos Pimentel, defensor de Miguel, também negou que o réu cometeu o crime e destacou ao g1 que houve contradição no depoimento de João Vitor. "O próprio João Vitor Rodrigues da Silva disse, na Polícia Civil, que Miguel não foi para o local do crime, que o Miguel foi deixado por volta da meia-noite numa praça próximo da casa do Miguel. Somente depois, quando houve a oitiva no âmbito do judiciário, que o João Vitor voltou atrás, disse que Miguel foi até o local dos fatos e foi Miguel quem fez os disparos contra a vítima", observou. Ele ainda afirma que testemunhas dizem que Miguel não conhecia a vítima. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/05/24/justica-decide-mandar-a-juri-popular-dois-acusados-de-matar-rapaz-de-21-anos-em-nova-odessa.ghtml


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