'Continuamos a aflitos', diz família de adolescente grávida desaparecida há um mês no Paraná; veja cronologia do caso

  • 06/07/2024
(Foto: Reprodução)
Isis Victoria Mizerski tem 17 anos e sumiu no dia 6 de junho, após sair para encontrar o pai do bebê que espera. Homem foi preso e nega envolvimento em qualquer crime. Isis Victoria Mizerski Arquivo da família O desaparecimento de Isis Victoria Mizerski, adolescente de 17 anos que está grávida e não foi mais vista desde o dia 6 junho em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, completa um mês neste sábado (6). Para a família, o marco é motivo de angústia. "Continuamos aflitos, sem notícias, e são 29 dias sem ter contato com ela, sem saber o que realmente aconteceu, e nos deixa tristes, sem saber realmente o que tem acontecido", disse Rodrigo Mizerski, tio da menina, nesta sexta-feira (5) ao g1. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram De acordo com o tio, nesta sexta ele, os pais de Ísis, e o advogado que representa a família, Claudio Dalledone, se reuniram em Curitiba com representantes das forças de segurança do Paraná. "Eles passaram várias informações muito importantes para nós, no qual continua as investigações, dia e noite, nas buscas pela Ísis, isso eles não pararam e isso é muito importante. [...] Nós voltamos de Curitiba pouco mais na paz, mesmo nesse momento triste, mas entendendo todo o lado das autoridades, a forma que eles vêm trabalhando, muitas coisas eles não podem realmente estar passando, pois está sendo em sigilo, sendo tudo investigado, para não atrapalhar nada." O tio agradeceu a todos que têm ajudado nas buscas pela menina e diz que a família tem certeza de que logo ela será encontrada. De acordo com as investigações, ela sumiu após sair para se encontrar com o vigilante Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê que ela está esperando. À polícia, o homem confirmou que se encontrou com Isis e disse que a deixou em uma vila da cidade, negando ter envolvimento em qualquer crime. A polícia afirma que alguns indícios contradizem a versão do homem. Veja a cronologia do caso mais abaixo. Ele está preso preventivamente desde o dia 17 de junho e, segundo os advogados de defesa, não prestou novo depoimento desde então. Renato Tauille, Tainan Laskos e Guilherme Oliveira, que representam Marcos Vagner, afirmam que refutam "integralmente qualquer envolvimento dele no desaparecimento da adolescente Isis". "A defesa vem acompanhando a investigação da Polícia Civil do Paraná e está analisando os elementos de prova já colhidos pela autoridade policial para definir as próximas medidas a serem adotadas. Reafirmamos que Marcos Vagner não possui qualquer envolvimento com o desaparecimento da adolescente e comprovará a sua inocência", afirmam os advogados. Leia também: Escuridão na fronteira: Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, está há quase um mês sem luz Marido é suspeito de matar esposa a facadas na frente dos filhos e usar as redes sociais dela para falar sobre o crime, diz polícia Prudentópolis: Cracóvia criada na cidade com maior comunidade ucraniana do Brasil busca selo de reconhecimento; aprenda receitas com a iguaria Buscas estão sendo realizadas pelas polícias Militar e Civil e pelo Corpo de Bombeiros em áreas de mata onde a localização do celular de Isis indica que ela esteve e onde houve denúncias anônimas - mas as corporações não divulgaram que encontraram qualquer indício da jovem. De acordo com a Polícia Civil, na última segunda-feira (1º) a responsabilidade do caso foi passada do delegado Jonas Avelar, de Tibagi, para o delegado Matheus Campos Duarte, de Telêmaco Borba. O motivo são as férias de Avelar. O g1 questionou se quando o policial retornar das férias deve voltar a assumir o caso e aguarda resposta. "A Polícia Civil do Paraná desde o início das investigações tem dedicado todos os recursos técnicos, tecnológicos e humanos disponíveis para elucidar o caso. [...] Diversas unidades da PCPR têm trabalhado de forma integrada e colaborativa desde o comunicado do desaparecimento. A força-tarefa, composta por delegados e agentes de várias unidades especializadas, está empenhada em utilizar todo o conhecimento e expertise disponíveis para a completa solução deste caso", afirma a corporação. Desde o dia 28 de junho a Polícia Civil decidiu concentrar a comunicação com a imprensa exclusivamente por meio de notas oficiais. "Para garantir a integridade e a eficiência das investigações, no momento, será mantido o sigilo. A comunicação com a imprensa continuará sendo feita exclusivamente por meio de notas oficiais, evitando qualquer comprometimento do andamento das investigações", diz a corporação, em nota. Cronologia do caso 6 de junho: DIA DO DESAPARECIMENTO O tio de Isis conta que a adolescente foi para a escola de manhã e passou o resto do dia em casa. A família toda iria a um culto religioso de noite e, por volta das 17h50, a mãe da jovem saiu para ir ao mercado. Nesse meio tempo, Isis disse à prima que iria sair para se encontrar com Marcos. A jovem disse para a irmã e para a prima que planejava contar à mãe que estava grávida na mesma noite em que sumiu e que, apesar de Marcos querer que ela fizesse um aborto, ela tinha a intenção de ter o bebê e estava escolhendo o nome da criança. Até às 18h06 a jovem estava conversando com a mãe sobre outros assuntos via aplicativo de mensagens, e às 18h15 mandou a própria localização para a mãe em tempo real. A mulher viu que a menina estava em uma região afastada do centro da cidade, na margem da PR-340, e ficou preocupada após a mensagem ter sido apagada. "Essa localização nós entendemos como um pedido de socorro", afirma o tio de Isis. Após receber a localização, a mãe enviou novas mensagens e ligou para a filha, mas não obteve mais nenhuma resposta. Veja abaixo: Adolescente grávida desaparecida no Paraná mandou localização para mãe antes de parar de responder mensagens: 'Entendemos como pedido de socorro' Reprodução 7 e 8 de junho: LOCALIZAÇÃO DOS CELULARES Segundo o delegado Jonas Avelar, a quebra de sigilo dos celulares de Isis e Marcos aponta que o vigilante esteve no mesmo lugar que a adolescente nos dois dias seguintes ao desaparecimento dela. "Diante do deferimento da quebra de sigilo telemático do aparelho celular, foi possível detectar uma localização da adolescente na cidade de Telêmaco Borba, próxima a uma estrada chamada Mandaçaia. [...] Chamou a atenção também das investigações o Marcos ter ido nessa localidade nos dias 7 e 8 de junho, no mesmo local em que deu a localização do aparelho celular da vítima", diz o delegado. O local apontado pelas localizações é uma área de mata extensa, de difícil acesso, segundo o delegado. Buscas com drones e cães farejadores foram feitas no local, mas nenhum vestígio da adolescente foi encontrado. Celular de suspeito aponta que ele esteve no mesmo lugar que adolescente após ela desapare 10 de junho: DEPOIMENTO DO SUSPEITO Marcos prestou depoimento à polícia no dia 10 de junho. Segundo Avelar, ele confirmou que se encontrou com Isis no dia do desaparecimento da jovem e negou ter envolvimento em qualquer crime. O delegado afirma que o homem alegou que após conversar com a adolescente, a deixou em uma vila da cidade, mas que se contradisse durante a fala. "Alguns prints demonstram que ele estava muito insatisfeito com a gravidez dessa adolescente. Interrogado, Marcos confirmou o encontro, porém alegou que só foi deixá-la na Vila São José [...] e em seguida retornou - mas através da coleta das imagens, foi possível perceber que Marcos demorou em torno de uma hora para retornar", conta Avelar. 14 de junho: MANDADO DE PRISÃO e INÍCIO DAS BUSCAS EM ÁREAS DE MATA Marcos Vagner de Souza é considerado foragido pelo desaparecimento de Isis Victoria Mizerski Polícia Civil do Paraná Após o depoimento de Marcos, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão para avaliar celulares e notebooks dele, e no dia 14 de junho um mandado de prisão foi expedido, mas o homem não foi mais encontrado. O tenente Luis Augusto Negoseki, do Corpo de Bombeiros, afirma que a corporação só foi informada do desaparecimento da jovem no mesmo dia e iniciou as buscas por ela em áreas de mata entre Tibagi e Telêmaco Borba. Segundo ele, o lapso temporal atrapalha o trabalho de cães farejadores, pois os indícios que poderiam ser encontrados por ele são apagados pela ação do tempo. 17 de junho - SUSPEITO SE ENTREGA À POLÍCIA Marcos Vagner se entregou à polícia no dia 17 de junho. Conforme a Polícia Civil, ele era considerado foragido há três dias e se apresentou na delegacia de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado, onde possui familiares. A cidade fica a mais de 400 quilômetros de distância de Tibagi, onde ele e Isis moram. 25 de junho - SUSPENSÃO DAS BUSCAS No dia 25 de junho o Corpo de Bombeiros anunciou que suspendeu as buscas por Isis. Segundo o tenente Luis Augusto Negoseki, o motivo para a suspensão foi a falta de indícios, tanto nas buscas, quanto nas investigações. De acordo com ele, pelo menos cinco mil hectares foram percorridos até aquele dia - área que equivale a mais de sete mil campos de futebol. O foco foram localidades em Tibagi próximas a Telêmaco Borba e também a região de Mandaçaia, onde o rastreio dos celulares da jovem e do suspeito apontam que eles estiveram. 26 de junho - RETORNO DAS BUSCAS COM NOVA ESTRATÉGIA e MAIS SUSPEITOS As buscas por Isis foram retomadas no dia seguinte à suspensão com mudança na estratégia: enquanto antes eram feitas apenas em áreas de mata, foram alteradas para margens de rios que ficam entre Tibagi e Telêmaco Borba. O motivo foram denúncias anônimas recebidas pela Polícia Civil, segundo o delegado Jonas Avelar. No mesmo dia, o delegado afirmou suspeitar que há mais pessoas envolvidas no desaparecimento. "A gente está fazendo levantamentos e diligências e não descarta a possibilidade de ter outras pessoas que ajudaram o suspeito no desaparecimento dessa adolescente", disse Avelar. Questionado sobre quem são os novos suspeitos, ele disse que prefere não dar detalhes para não atrapalhar as investigações. 27 de junho - ADVOGADOS DA FAMÍLIA ABREM INVESTIGAÇÃO PARALELA No dia 27 de junho, os advogados da família de Isis concederam uma entrevista coletiva afirmando que abririam uma investigação paralela para ajudar na apuração sobre o paradeiro da adolescente. "Num primeiro momento precisamos saber se ela está viva ou morta. A partir disso que se desenvolvem caminhos para o processo. Os familiares acordam com a esperança de encontrar ela viva e adormecem com o sentimento dessa menina estar morta. A família está num turbilhão emocional muito grande”, disse o advogado Claudio Dalledone. 1º de julho - INVESTIGAÇÃO TROCA DE DELEGADO De acordo com a Polícia Civil, no dia 1º de julho a responsabilidade do caso foi passada do delegado Jonas Avelar, de Tibagi, para o delegado Matheus Campos Duarte, de Telêmaco Borba. O motivo são as férias de Avelar. O g1 questionou se quando o policial retornar das férias deve voltar a assumir o caso ou não e aguarda retorno. "O delegado Matheus já vinha atuando no caso em conjunto com o delegado Jonas e agora liderará a força-tarefa designada para este inquérito', disse a corporação, em nota. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2024/07/06/continuamos-a-aflitos-diz-familia-de-adolescente-gravida-desaparecida-ha-um-mes-no-parana-veja-cronologia-do-caso.ghtml


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